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Sexta, 19 Mai 2017 05:03

Violência contra criança e adolescente com deficiência é abordada em encontro

Violência contra criança e adolescente com deficiência é abordada em encontro Foto: Assessoria Municipal de Imprensa/Prefeitura de Bebedouro

O 2º Encontro Intersetorial da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente ocorrido na quarta-feira (17), no anfiteatro do Unifafibe, abordou o tema: “Violência contra Criança e Adolescente com Deficiência – Prevenção e Enfrentamento”, como forma de levar informações aos profissionais das áreas de saúde e educação.

O educador social, conselheiro de Direitos Humanos no Estado de São Paulo e em Brasília, e militante do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua do ABC Paulista, Marco Antônio da Silva Souza – Markinhos – apresentou alguns números mostrando a vulnerabilidade de crianças e adolescentes. “Temos dois tipos de violência, a estrutural que se manifesta na sociedade, e um dos lugares é na família. Muitas vezes quando olhamos mais atentos, vemos que essa família também é vítima de uma situação estrutural de violência que promove a violência”, define.

Para Markinhos, a rede de políticas públicas é fundamental, já que após a família, a criança mantém maior contato com as instituições educacionais e de saúde. “Os profissionais precisam estar alertas, pois uma das formas de enfrentamento à violência é não a deixar no anonimato. É preciso terminar com a cultura do medo, com ‘o problema não é meu, é da família’. Com a Constituição de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente, a responsabilidade não é só da família, é também da sociedade e do Estado, para quando um não puder agir, o outro, o faça”, ressalta.

Dados mostram que o Brasil é o segundo País em taxa de homicídios, 19% são de crianças e adolescentes, 28 morrem diariamente. Outras 3,3 milhões estão em situação de trabalho infantil, no Estado de São Paulo em 2014 eram 500 mil – o que leva ao atraso ou evasão escolar. Em 2010, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registrou que 3,8 milhões estavam fora da escola, e 14,6 milhões de jovens entre seis e 17 anos estão em risco de exclusão social por causa do atraso escolar.  

O prefeito Fernando Galvão lembrou que o trabalho em rede é essencial para o enfrentamento dos problemas. “Em uma época difícil, onde as demandas aumentam e os recursos diminuem, precisamos fortalecer o trabalho em rede. Não adianta lamentar as dificuldades, se houver unidade podemos enfrentá-las e superá-las”, reforçou.



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