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Quarta, 16 Agosto 2017 05:33

Prefeitura recebe acervo que eterniza os trabalhos do maestro Pedro Pellegrino

O acervo conta com 768 páginas em um volume único, entre um repertório de arranjos e músicas populares e sacras cantadas pelo coral

Na segunda-feira (14/08), ex-coralistas do Orfeon do Ginásio e Escola Normal Dr. Paraíso Cavalcanti e do Coral Municipal Maestro Pedro Pellegrino, entregaram ao Departamento Municipal de Cultura, Biblioteca Municipal, Casa da Cultura e familiares do maestro, Pedro Pellegrino, o acervo musical do Coral Municipal Maestro Pedro Pellegrino.

A solenidade foi realizada na Câmara Municipal e foi acompanhada de muita música de qualidade e lembranças.

O diretor do Departamento de Cultura e maestro do Coral Municipal há 14 anos, Glauco Correa, afirma que esse acervo enriquecerá a cultura da cidade e incentivará as gerações que não tiveram a oportunidade de conhecer o maestro, a entrarem em contato com seu trabalho. “Tive a oportunidade de conhecer o maestro, quando era criança, pois meus pais faziam parte do Coral Municipal. Sendo uma honra ter a oportunidade de atualmente ser o maestro deste coral”, comenta Glauco.

O prefeito, Fernando Galvão, enfatizou que Bebedouro tem muito a agradecer ao maestro Pedro Pellegrino e sua família, por deixarem uma rica herança cultural a cidade. “No dia 15 de agosto o maestro completaria 118 anos, sendo o coral que leva seu nome, o mais antigo do Estado de São Paulo. Sendo esse um dos motivos do grande merecimento dessa homenagem que eterniza o maestro Pedro Pellegrino”, afirma o prefeito.

Durante o evento o prefeito, também informou que o acervo doado pelos coralistas, ficará à disposição na Biblioteca Municipal, que será transferida para o prédio localizado ao lado da Prefeitura, na Praça José Stamato Sobrinho nº129, onde fica localizado o PROCON, que será transferido para o prédio ao lado da Unidade de Saúde central. “Vamos colocar a Biblioteca Municipal no local onde merece, em um prédio histórico, bem localizado e estruturado para receber nossos estudantes”, acrescenta o prefeito.

O ex-coralista, Norival dos Santos, de 75 anos, participou do coral quando o maestro o regia, tempo que deixou em sua lembrança inúmeras boas lembranças. “Aprendi muito com o “tio Pedro Pellegrino”, muitas coisas boas, principalmente a exercitar a humildade e me tornar uma pessoa mais humana. Ele foi como um pai para mim”, diz.

Maria Luiza Breviglieri da Silveira, de 77 anos, ex-coralista do Orfeão, guarda na memória com carinho o tempo que conviveu com Pedro Pellegrino. “Seu Pedrinho era uma pessoa doce, amiga, pai e companheiro. Ele foi muito importante em minha vida, valeu extremamente a pena viver a seu lado até seus últimos dias de vida”, lembra.

O Maestro
Nasceu em 14 de agosto em Jaboticabal em 1899, mudou-se para Bebedouro aos 7 anos e desde a infância tocava em bandas e coretos da cidade. Seu início na música foi tocando flauta doce, depois piano e violino. Foi professor de música, poeta, compositor e recebeu o título de maestro emérito do município. 

Foi casado com casado com Etelvina, teve dois filhos: Tuca e Wagner (ambos já falecidos). Faleceu aos 88 anos, em 1987.

Foi homenageado com a inserção de seu nome ao Coral Municipal de Bebedouro, intitulado, Maestro Pedro Pellegrino, sendo o mais antigo do Estado de São Paulo. Tinha como hábito escrever para os coralistas em momentos difíceis, como meio de incentiva-los. 

A produção musical de Pedro Pellegrino é riquíssima, principalmente músicas sacras, devido a sua formação católica – tocava na igreja matriz. A música “Salve Crianças” foi gravada em LP pela Copacabana e Orquestra da Record.

Gravou “Parabéns a Bebedouro”, “Hino de Igarapava” e “Hino a Bebedouro”. 

O Coral
Fundado em 1930 por ocasião da criação da cadeira de canto orfeônico no antigo Ginásio, hoje EESG “Dr. Paraíso Cavalcanti”, sob a regência do maestro Pedro Pellegrino, o grupo interpretava músicas populares e sacras, apresentando-se em festividades, encontros de corais pela cidade e região.

Em 1958, gravou o primeiro LP (long play) ao vivo no Cine Olímpia, na cidade de Olímpia, repetindo o feito na década de 1980.

Com a morte do maestro em 1987, o grupo passa a ser uma instituição cultural do município, levando o nome do patrono.

Em 1995, ganha o primeiro lugar na categoria regional do Mapa Cultural Paulista, repetindo o resultado nos anos de 1997 e 2001.

Já se apresentou junto com a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto em diversas apresentações, entre elas, no Theatro Pedro II, de Ribeirão.

Foi convidado especial da organização da Expoflora, na cidade de Holambra, nos anos de 2001 e 2002.

Tem se apresentado em diversos encontros de corais no Estado, como também fora dele.

Hoje a regência do coral está sob a cargo do maestro Glauco Corrêa, destacando-se por sua multiplicidade de repertório, técnica vocal e, principalmente, pelo regresso de peças renascentistas e o retorno em apresentações em cerimônia de núpcias.

O Coral é um patrimônio tombado no município de Bebedouro.



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