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Sáb, Maio
Quarta, 25 Abril 2018 05:23

Tem início os primeiros trabalhos entre Vigilância Epidemiológica e UNESP de Botucatu

O DMS (Departamento Municipal de Saúde), por meio da Vigilância Epidemiológica Vetores e Zoonoses enviaram as “Ovitrampas” (vaso plástico de cor escura, com infusão à base de capim colonião, eficiente para atrair  mosquitos fêmea), ao laboratório de análises da UNESP (Universidade Estadual de São Paulo) de Botucatu.

A iniciativa faz parte de uma parceria entre a Universidade e a Vigilância Epidemiológica, com o objetivo de obter informações sobre as arboviroses (doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti), compartilhando os conhecimentos com os agentes de campo para que consigam resultados positivos de controle do mosquito.

A parceria conta com os trabalhos do professor da área de Biotecnologia e Pesquisador da UNESP de Botucatu, Jaime Augusto de Souza Neto. Segundo o profissional é preciso estabelecer parcerias com as pessoas que estão na linha de frente, para que seja possível expandir as pesquisas e proteger a população. “Só conseguiremos controlar essas doenças se focarmos no combate ao mosquito causador, e não somente no desenvolvimento de vacinas” afirma o pesquisador.

Para a coordenadora da Vigilância Epidemiológica Vetores e Zoonoses, Regina Melanda, essa pesquisa realmente beneficiará todos os envolvidos salvando inúmeras vidas. “A Prefeitura tem o compromisso de buscar novos métodos para garantir a qualidade de vida da população e constantemente firmar parcerias que tragam conhecimentos para todos, pois uma vida tem um valor inestimável”, observa a coordenadora do setor de Vetores e Zoonoses.

O programa de controle as arboviroses desenvolvido pela UNESP, começou a ser estabelecido no ano de 2010 nos Estados Unidos, sendo desenvolvido no Brasil em 2011. Já em 2013, o projeto foi aprovado na FAPESP no valor de mais de R$ 1 milhão, para que fosse implantado em Botucatu. “Somente agora estamos conseguindo expandir os trabalhos, sendo Bebedouro o projeto piloto para essa implantação prática com grande potencial para se tornar um modelo”, explica o professor.

Desenvolvimento de vacinas
Segundo o pesquisador até o momento as vacinas entre as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti como, dengue, chikungunya, Zica Vírus e Febre Amarela, a única que possui vacina que realmente gera resultados positivos e pode ser aplicada em grande escala é contra a Febre Amarela. Já contra a dengue, uma vacina está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantã, no entanto, ainda resta algum tempo para que seja testada e disponibilizada. E contra o Zica Vírus, também está em estágio de desenvolvimento.

Ovitrampas
As ovitrampas são o método mais sensível, específico e barato para monitorar a população do mosquito Aedes aegypti, segundo pesquisa realizada pela Fiocruz a pedido do Ministério da Saúde.

Uma ovitrampa consiste em um vaso plástico de cor escura, com infusão à base de capim colonião (nome científico: panicum maximum), que possui odor desagradável, mas é eficiente para atrair  mosquitos fêmea. Dentro dos recipientes, são colocadas palhetas de Eucatex, com a textura mais áspera voltada pra cima, onde as fêmeas depositam seus ovos.

Apesar de serem chamadas de “armadilhas”, as ovitrampas servem para a vigilância entomológica, ou seja, para estimar a quantidade de insetos em uma determinada área e não para captura dos mesmos.


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